O universo todo num abraço


Penso que o que nos mata aos poucos é essa corrida insana e compulsiva para sermos únicos.
No meio de 7 bilhões de pessoas? Pois é, como não adoecer com toda essa concorrência.

Como driblar a consciência que sabe que essa é uma luta perdida, com essa sensação de precisar buscar um lugar exclusivo, no trabalho, nas pessoas, nos relacionamentos, sem enlouquecer?

E o que fazer, como conduzir a vida a partir do momento que entendemos nossa insignificância, sem atrair a solidão?

É necessidade de se sentir amada genuinamente com a certeza de que isso não existe e que relações são ciclos, são momentos, é o agora, aproveite, enquanto sente. Pois no final é só isso que realmente significa toda essa bagunça chamada vida.

E como permanecer a estabelecer relações, a partir do momento que notares tudo isso e perceberes que a maioria das pessoas não tem a menor noção sobre o todo, que na verdade é nada.

Então que a vida continue sendo.

Que a gente possa se permitir a cuidar, de nós, de todos, sem um amanhã. 

E a partir do momento que nos dermos conta, que tudo se transforme num grande e confortável abraço e uma risada de doer a barriga, sabe?

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