Perdida em solidão e em mim mesma.

Desde pequena sempre ouvir falar naquele ditado popular 'Se não pode com seu inimigo, junte-se a ele', e hoje para mim faz sentido.
Minha maior inimiga sempre foi a colidão, nunca funcionei sozinha, até não ter outra saída. Viver sozinha foi dificil, mas tive que aprender, pois não havia outra maneira de seguir em frente, basicamente me juntei a minha inimiga, e confesso que me acostumei tanto, que aprendi a ser assim, tento me desvincular disso, pois sei que não estou mais sozinha, porém me sinto um cachorrinho que apanhou muito e permanece para sempre em estado de alerta, sempre recuando, até quando lhe levantam a mão para fazer um carinho, já sempre esperando pelo pior, em modo defensivo. Pode ser drama, já pensei nisso, que posso ser muito fraca, pois existem pessoas que já passaram por coisas tão piores, na verdade me sinto mal por isso, mas prefiro pensar que o que pode doer em mim outra pessoa pode tirar de letra, e vice e versa, me sinto um pouco menos fracassada pensando dessa forma. Está ai outra coisa que sinto sobre mim, fracasso, e é bem descorfortável sentir isso, não é algo que eu goste...
Voltando ao assunto solidão, tive que aprender a conviver com ela, e sabe tenho que confessar, acabei pegando gosto por isso, sinto que eu preciso desse espaço em mim, onde eu sei de tudo, todas as minha verdades, eu gosto de me curtir um pouco, gosto de pensar e criar fantasias dentro de mim, fantasias em que tudo sempre é perfeito, perfeito para mim. Por muito tempo eu vivi assim, fazendo minhas verdades ilusórias e perfeitas nos meus momentos de solidão, e isso vicia!  Vicia tanto que eu sentia vontade de ficar sozinha sentada imaginando e brincando dentro de mim mesma, vivendo minhas histórias onde tudo era tão formidável, que eu tinha preguiça de voltar para o mundo real, onde as coisas sempre fugiram do meu controle.
Assim eu me tornei uma grande aliada da minha inimiga, a solidão, hoje eu gosto dela, curto cada momento comigo mesma, é tão gostoso me perder dentro de mim e ver e viver minha ilusão utópica, minhas paixões perfeitas ( que cada dia tem me surpreendido mais), e é tão natural, acontece tão livre na minha mente, que as vezes chego a me confundir se é lembrança ou fantasia.
Eu gosto da solidão, eu gosto de me perder em mim!

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